PAI DE ESCRIVÃ MORTA EM CAXIAS DESABAFA: " NOSSA FAMÍLIA ESTÁ DESTRUÍDA" - Randyson Laercio

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quinta-feira, 15 de maio de 2014

PAI DE ESCRIVÃ MORTA EM CAXIAS DESABAFA: " NOSSA FAMÍLIA ESTÁ DESTRUÍDA"

Do portal Cidade Verde e Portal AZ
“Nossa família está destruída”. O desabafo é de Flávio Veina Thé, pai da escrivã piauiense Loane Maranhão da Silva Thé morta no início da tarde desta quinta-feira (15), em Caxias (MA). A vítima recebeu golpes de faca enquanto trabalhava, colhendo depoimento de um acusado de estupro, na sede da Delegacia de Proteção a Mulher do município maranhense.

O acusado do homicídio é o gari Francisco Alves da Costa que foi denunciado pelas filhas, uma de 20 e outra de 17 anos, por prática de abuso sexual. Ele também feriu a investigadora Marilene Almeida. Ao ouvir gritos de Loane, a agente civil ainda tentou socorrê-la, mas foi esfaqueada na região do abdômen.
“Ela vivia para o trabalho. Gostava de estudar e era educada. A mãe dela e eu estamos mortos. Essa é a segunda tragédia na família em menos de um ano. Também tive um filho que morreu na queda de um avião no mês de dezembro em Teresina”, conta o pai da vítima.
Loane morreu no local. O carro dela ainda está estacionado na frente da delegacia onde trabalhou por cinco anos. Ainda na tarde desta quinta-feira, familiares da vítima tiveram reunião com o delegado regional Celso Álvares Rocha.
“O sonho da vida dela era ser policial. Tudo foi destruído. Agora, só tem uma filha. Mesmo assim, acredito que será feita justiça”, falou o pai de Loane após ver o local onde a filha foi morta e encerrar as entrevista com a imprensa que estava no local.
Como ocorreu o crime
A escrivã Loane Maranhão da Silva Thé faleceu em decorrência de uma única facada que atingiu o peito. O corpo da jovem de 32 anos apresentava ainda um ferimento na mão, mostrando que ela ainda tentou se defender. A informação foi confirmada pela delegada Nayana Chaves Teixeira.
“A sensação que nós temos aqui é de pesar e perda, Loane trabalhava aqui em Caxias há cerca de 5 anos e era muito querida”, afirmou a delegada. Uma perícia está sendo realizada na delegacia e o acusado já foi transferido para a Central de Custódia de Presos da Justiça no município de Caxias.
O homem identificado como Francisco Costa trabalha como gari da Prefeitura de Caxias e ele estava detido acusado de abusar sexualmente das suas duas filhas, todas menores de idade, que desde ontem (14), após denunciarem os abusos do pai, estão na Casa de Passagem do município.
No momento em que o depoimento era coletado pela escrivã, ele pegou uma faca que estava em cima de uma mesa, resultado de apreensões, e esfaqueou a vítima. Ao ouvir os gritos de Loane, a investigadora entrou na sala e também acabou sendo esfaqueada pelo homem.
Há suspeitas que o gari sofre de transtornos mentais, após o crime ele ainda tentou fugir da delegacia, mas foi capturado pela Polícia Militar próximo ao terminal rodoviário. O clima na Delegacia de Polícia é de abalo total. Investigadores, policiais, delegados e demais servidores estão visivelmente emocionados com o triste episódio.
Gari diz à polícia que matou escrivã por medo de ficar preso
O homem preso acusado de matar a escrivã Loane Maranhão da Silva, 32 anos, disse à polícia que não foi armado com faca para a Delegacia da Mulher com intenção de matar a moça. Francisco Alves Costa, 43 anos, havia sido intimado para prestar depoimento sob acusação de ter estuprado suas filhas, de 17 e 20 anos.O caso aconteceu no final da manhã desta quinta (15), na Delegacia da Mulher de Caxias, onde Loane Maranhão da Silva Thé trabalhava há cerca de quatro anos.
Segundo o delegado regional da cidade, Celso Álvares Rocha, Francisco compareceu à delegacia porque havia sido intimado para depôr, mas não sabia que contra ele havia uma queixa. Além disso, o acusado afirmou que não pegou a faca entre as que estavam dispostas numa mesa da delegacia, oriundas de apreensão.
“Segundo ele relatou, é um hábito de andar sempre com a faca. Quando ele foi intimado, não sabia do que se tratava. Ele não sabia que tinha sido denunciado pelas filhas. Acho que no momento em que soube do que se tratava e percebeu que poderia ficar preso, ele quis fugir”, contou o delegado.
Francisco está preso em Caxias e foi autuado em flagrante. Após golpear Loane e uma investigadora Marilene Almeida, ele fugiu e foi pego logo em seguida na Vila Lobão.
Marilene Almeida foi levada para o Hospital Regional de Caxias e passa bem. Ela prestará esclarecimentos ao delegado acerca do momento em que ouviu os gritos de Loane.
O corpo da escrivã foi liberado pelo Instituto Médico Legal e será velado em Teresina, na funerária Pax União, na noite desta quinta.

Um comentário:

  1. A policia não promoveu proteção a trabalhadora no momento que ela colhia o depoimento. O Estado tem que indenizar a famili

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