randyson laercio
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Blog do Cláudio Cavalcante
"Quando o cachorro passa a comer carne, esquece o osso!" Adágio popular bem antigo, que eu hoje comparo com alguns atos de políticos de Bacabal, que insistem em ser político à força, tentando fazer descer garganta abaixo uns candidatos ruinzinhos de engolir, tais que não representam nem a eles mesmos. A questão é que, depois que deixaram de comer osso, ou seja, depois que provaram do poder e dele utilizaram para aumentaram colossalmente seus patrimônios pessoais, algumas figurinhas carimbadas da política local insistem em permanecer no cenário de qualquer jeito, passando por cima de qualquer questão moral e da inteligência das pessoas que eles acham que são burras ou idiotas. Não gosto muito de tratar do efeito causado pelos miseráveis acontecimentos políticos que ocorrem aqui, pois assim, acredito que, quando discutidos, dá-se margem para que eles se estabeleçam como algo merecedor de viabilidade, e viabilidade representativa não vem ao caso aqui, devido a baixíssima possibilidade de competência dos candidatos jogados de qualquer jeito para a apreciação dos eleitores locais. Por esta razão, reafirmo, não trato aqui do efeito, mas da causa, da formação da desgraça que virou a nossa política.
Para ser curto, não tão grosso e objetivo, não tive como não escrever comentar algo depois do indeferimento definitivo, pelo TSE, da candidatura ridícula de Lisboa, ex-prefeito de Bacabal, a deputado federal, apontando sua esposa, Jamile Suzart, como a candidata do grupo, tal já com candidatura registrada à espera justamente desse acontecimento. Desde o início, me pus a pensar: “será que esses caras acham que somos tão idiotas assim?” Será que não conseguem entender que já comeram tanto da “carne pública” que deixaram uma ruína de ossos para o povo? Tento entender a lógica disso e não consigo. Onde está a verdadeira intenção de representatividade na política, tal que foi perdida ao longo do tempo, transformando-se nessa zorra que aí está? Será que esse cidadão, nas condições que deixou a prefeitura de Bacabal e sobre a falta de requisitos básicos junto à justiça eleitoral para ser candidato, tem condições de apresentar para o povo bacabalense algum candidato, ainda mais sua esposa, que com certeza, seria apenas uma extensão dos seus próprios planos políticos? As mesmas perguntas valem para Zé Vieira. Quem é Zé Vieira, política e moralmente falando, para apresentar sua esposa, Patrícia Vieira, como candidata a deputada estadual? Um ficha suja auto respalda-se no direito de indicar um político, uma caricatura ou um faz de conta para ser votado pelo povo local? O que é isso? Onde estamos? A imprensa e a própria justiça eleitoral local deveria colocar essas questões em pauta e levar para discussão das pessoas da cidade o que tudo isso significa para nosso futuro. Não adianta ficar contabilizando quais dessas candidatas teriam mais voto ou qual delas fala pior ou “rasga” mais a gramática quando tenta escrever. As discussões sobre a base da política local e como elas são consolidadas, quem são os candidatos e quem os indica é que tem que constar na cabeça das pessoas. Se não ajudarmos a população a pensar sobre estas questões, de nada servirá ficar aqui apenas detonado os acontecimentos e seus efeitos. Os efeitos são como lixo que se joga no chão. Temos que colaborar e facilitar para que as pessoas não tenham o trabalho de juntar o lixo, pois para isso é necessário que discutamos que há lixo para todos os lados e que ele nem mesmo deveria ser produzido.
Meus irmãos, um candidato indicado por um ficha suja é a mais pura imagem do retrocesso político, da tentativa de consciência política, de melhoria da nossa dignidade. Vejo nas redes sociais a quantidade de pessoas revelando a intenção de votar em Marina, segundo a maioria, por um Brasil melhor, pela quebra no sistema que aí está, por uma mudança vista como radical para melhoria das situações das populações do Brasil; mas no entanto votam, regionalmente, em candidatos apontados por antigas e conhecidas figuras da nossa política, pessoas que colaboraram para empobrecer o município e que depois de acostumarem com a benesses do poder, não querem deixá-lo ir de maneira alguma. Ficha suja indicando candidatos é o mais claro e deplorável exemplo de toda essa imoralidade.
Reflitam.
Cláudio Cavalcante.