Morreu, às 6h45 desta segunda-feira (6), a menina Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, que teve 95% do corpo queimado em um ataque a um ônibus na sexta-feira (3), em São Luís, segundo informações da Secretaria de Saúde do Maranhão. Ana Clara estava com a mãe e a irmã no ônibus da Vila Sarney, quando o veículo foi invadido e incendiado por homens armados.
Ana Clara é a primeira vítima fatal dos ataques a ônibus e a duas delegacias ocorridos na noite de sexta-feira. A onda de ataques começou depois da Operação Pedrinhas em Paz, realizada pela Tropa de Choque da Polícia Militar no presídio com o objetivo de diminuir as mortes nas unidades prisionais do Maranhão.
Quatro ônibus foram incendiados na Vila Sarney, na Avenida Kennedy, no João Paulo e na Avenida Ferreira Gullar, e duas delegacias, no São Francisco e na Liberdade, foram alvo de tiros em São Luís.
A irmã de Ana Clara, de 1 ano e 5 meses, permanece internada no Hospital Estadual Infantil Juvêncio Matos, apresentando queimadura em 20% do corpo em pernas e braço esquerdo. O quadro dela é considerado estável e está fora de perigo. A mãe das meninas, de 22 anos, teve 40% e permanece internada no Hospital Tarquinio Lopes.
Uma mulher, de 35 anos, está internada na enfermaria com queimadura de 2º grau em um membro superior direito e no abdômen. Seu quadro é considerado estável. Além dela, um homem, de 37 anos, teve 72% de área corporal queimada e permanece internado em estado grave na UTI.
Oito presos
Na manhã de domingo (5), dez suspeitos de participarem dos ataques aos ônibus e delegacias foram apresentados, no auditório da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, durante entrevista coletiva.
No total, 11 pessoas foram detidas.
O secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, afirmou que a ordem dos ataques partiu de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas e que o objetivo era queimar, pelo menos, 20 ônibus na Região Metropolitana de São Luís.
Dois adolescentes e mais oito suspeitos maiores de idade foram apresentados. O secretário Aluísio Mendes confirmou também a prisão do suspeito de atirar contra a delegacia do bairro da Liberdade na noite de sábado (4). Ele não foi apresentado porque a prisão ocorreu durante a coletiva. (G1MA)
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