Conhecido pela linha dura com que costumava conduzir as ações policiais sob seu comando, o delegado Luís Moura, hoje distante da mídia, apesar de ainda estar na ativa na Polícia Civil, comentou a onda de violência que ora se abate sobre o Maranhão, sobretudo em São Luís, com repercussão em todo o Brasil e até no exterior. Na opinião do experiente delegado, absolvido em 2012 no processo em que figurava como envolvido com o crime organizado, falta uma ação implacável do Estado para eliminar de vez a bandidagem, que se insurge com audácia crescente contra os cidadãos e até mesmo contra o sistema de segurança pública.
Em reunião que celebrou o aniversário do deputado estadual Manoel Ribeiro, Luís Moura não se furtou a comentar as ações criminosas e o desempenho da polícia no enfrentamento aos facínoras, que, entre tantas barbaridades, assassinaram uma menina de apenas 6 anos ao incendiar o ônibus em que ela viajava com a mãe e uma irmã menor, também feridas gravemente.
Luís Moura defendeu uma ação enérgica das forças de segurança pública. Para ele, só o rigor extremo levará os bandidos a um recuo. “Um cara como aquele que queimou a menina não poderia estar vivo”, chegou a comentar para uma plateia formada por políticos, empresários e outras pessoas de destaque na sociedade local.
O delegado sabe o que fala, pois comandou, no início da década de 90, a Operação Tigre, um dos esforços mais bem sucedidos do governo maranhense no combate ao crime em toda a história. O governador da época era o hoje senador João Alberto, que com ele divide a fama de ter pacificado o estado em um momento de profunda tensão.
Luís Moura aproveitou a ocasião para desfazer um equívoco em relação ao episódio. Segundo ele, a Operação Tigre foi ordenada pelo então governador Epitácio Cafeteira antes de passar o mandato ao vice, João Alberto, para disputar vaga no Senado. Segundo ele, coube a João Alberto executar a ideia, que só vingou porque o sucessor seguiu a orientação de Cafeteira à risca.
O delegado vem sendo instado pelos secretários de Estado de Educação, Pedro Fernandes, e de Esportes, Joaquim Haickel, a registrar sua trajetória policial em livro, com ênfase para a Operação Tigre. Se concebida, a obra, certamente, trará várias passagens interessantes, que poderão servir de lição para os que hoje comandam, sem muito sucesso, a segurança pública do Maranhão.(Informações do Blog do Daniel Matos).
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