Após aprovação nas etapas iniciais do concurso para ingresso na carreira da magistratura, o curso de preparação e a posse, o Maranhão recebeu na manhã desta segunda-feira (10), trinta novos juízes substitutos. A solenidade de entrada em exercício foi presidida pela corregedora-geral da Justiça, desembargadora Nelma Sarney, e realizada no auditório do Fórum de Justiça de São Luís, localizado no Calhau.
Ao falar aos novos magistrados, Nelma Sarney, disse que esta é mais uma etapa que se inicia na vida dos juízes. Ela destacou os desafios do cenário atual, marcado pela crise econômica e pelo aumento constante da demanda pelos serviços da Justiça. A desembargadora também sugeriu que os magistrados busquem o caminho da integração com outros órgãos e também com a sociedade civil como um caminho para superar as dificuldades que se apresentam.
“Já tramitam no Judiciário maranhense mais de 480 mil processos, o que demonstra o tamanho do desafio que vocês terão pela frente. Os senhores já iniciam suas carreiras na magistratura constatando as dificuldades que o cenário apresenta. Por isso, faço um apelo para que abracem de corpo, alma e coração esta função. Não como um troféu que foi alcançado, mas como uma guerra, em que a cada dia se conquista uma batalha”, disse a desembargadora.
Apesar de destacar as dificuldades, a corregedora da Justiça reconheceu a qualidade dos novos juízes e a capacitação realizada pela Escola da Magistratura, que é presidida pelo desembargador Jamil Gedeon. “Todos atenderam ao chamado de levar justiça a diversos rincões do Maranhão e estou certa de que os senhores estão preparados para esta missão, pois tiveram a oportunidade de participar de um dos mais rigorosos cursos preparatórios para ingresso na magistratura do Brasil, tal é a qualificação da direção e do corpo docente da Escola da Magistratura do Maranhão”, elogiou.
Nelma Sarney ainda enfatizou que o Judiciário precisa dessa renovação como forma de suplantar a infinidade de conflitos que se originam diariamente na sociedade. “O drama mais agudo deste poder hoje é suplantar as barreiras da miséria social como entraves ao acesso à Justiça, assim como a criminalidade fora de controle, as desigualdades e as injustiças”, concluiu a corregedora.
Os novos juízes vão iniciar os trabalhos já nesta terça-feira (11), inicialmente dando suporte aos trabalhos da Comissão Sentenciante, projeto da Corregedoria da Justiça que tem a finalidade de atender unidades com grande quantidade de processos. Nesta quarta-feira (12), em audiência presidida pelo desembargador Cleones Cunha, os novos magistrados escolherão as comarcas de entrância inicial, dentre aquelas vagas, para serem titularizados. A audiência acontece no auditório de Tribunal de Justiça, às 11h.
Renovação – O juiz Bruno Nayro de Andrade Miranda de apenas 27 anos é o mais jovem entre os juízes que entraram em exercício nesta segunda-feira (10). Maranhense de Imperatriz, ele atuou como analista do Ministério Público do Tocantins e promotor de Justiça no Amapá, este último por 1 ano e 9 meses, cargo que deixou para a assumir a magistratura em sua terra natal.
Para Bruno, em época de comunicação instantânea, das redes sociais na internet, a magistratura passou a ser cada vez mais cobrada pela sociedade. Quanto ao seu trabalho na comarca do interior do Maranhão, que agora assume, ele disse que espera oferecer uma boa prestação jurisdicional e tentará, dentro da realidade maranhense, contribuir para a construção de uma sociedade justa e sem desigualdade social.
Já a juíza Adriana da Silva Chaves, natural do estado do Amazonas, antes de ser aprovada neste concurso para a magistratura do Maranhão, foi analista do Tribunal de Justiça de Roraima. Fazendo reverência ao Maranhão, ela considera um estado promissor e com boas oportunidades para exercer bem o seu trabalho e confessa sua ansiedade para iniciar as atividades. “Estou ansiosa para começar a trabalhar. O cidadão pode ter a certeza do empenho para aplicação da justiça. Neste momento sou uma pessoa com garra para o trabalho”, afirmou.
Com o mesmo entusiasmo a magistratura maranhense recebe a cearense Michele Amorim Sancho de Souza, que também era analista em sua terra natal. Ela garantiu que sua atuação “será pautada, sobretudo, na concretização da dignidade da pessoa humana e no compromisso com a solução célere do litígio, contribuindo com a credibilidade do Poder Judiciário”, assinalou.
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