Por Sérgio Mathias
O imbróglio eleitoreiro entre o advogado Dr. Bento Vieira e alguns assessores da prefeitura de Bacabal promete ser duradouro. Depois de protocolar na Câmara Municipal documentação contendo denúncias sobre um suposto ato de improbidade administrativa cometido pela atual gestão, o advogado foi duramente atacado nos programas televisivos aliados ao prefeito. Taxado, inclusive, de advogado de “porta de cadeia”.
No sábado (31/05), durante o programa que apresenta na TV Mearim Dr. Bento afirmou que, apesar dos insultos e do Controlador Geral do Município dizer que suas afirmações são factoides políticos, não descansará enquanto não ver José Alberto Veloso fora do comando da prefeitura. Ele chegou a aconselhar a vice Taugi Lago (PMDB) a mandar confeccionar o vestido para a solenidade de posse como prefeita.
De fato, se o advogado aliado do ex-prefeito Dr. Lisboa (PRTB), conseguir provar na Justiça o que disse na emissora do deputado federal Zé Vieira (Pros), o atual gestor terá dificuldades para manter-se no cargo e concluir os dois anos e meio que ainda restam do seu mandato.
Entretanto, assim que o advogado repassou a documentação aos vereadores, a Controladoria Geral do Município disse, em nota, que a denúncia não procede porque o imóvel onde atualmente funciona a Secretaria Municipal de Assistência Social foi comprado por José Alberto Veloso Sobrinho, não havendo, portanto, contrato de doação por parte do Prefeito Municipal.
A Controladoria diz também que em 16 de fevereiro de 2014, foi feito, na verdade, um contrato de Comodato entre o Município de Bacabal e o Sr. José Alberto Veloso Sobrinho, que cedeu a utilização do referido imóvel sem qualquer ônus ao Município de Bacabal.
Quem vai conseguir provar que está com a razão ainda vamos ter que esperar. Mas, o que talvez muitos bacabalenses não saibam ou já se esqueceram é que esse ato de improbidade administrativa que Dr. Bento Vieira diz ter sido cometido pelo atual prefeito é uma prática antiga e, pelo menos, nas gestões dos dois últimos prefeitos ela ocorreu às claras sem que a Câmara Municipal ou Ministério Público Estadual tomassem qualquer providência para investigar.
O primeiro exemplo é em relação a este imóvel (foto abaixo) que pertence a Graciete Trabulsi Lisboa, uma das esposas do ex-prefeito.Localizado na Rua Maranhão Sobrinho, nº 2026, o local foi, por praticamente todo o mandato de Dr. Lisboa, endereço onde funcionou a Secretaria Municipal de Assistência Social.
O antecessor de Dr. Lisboa também fez o mesmo.
No prédio que ficou conhecido como “Sopão”, localizado entre os bairros Coelho Dias e Pedro Brito, funcionou algumas secretarias municipais na administração Zé Vieira. Na época o imóvel pertencia ao próprio chefe do executivo.Nestes dois casos específicos, até que provem o contrário, também é pouco provável que os imóveis tenham sido cedidos gratuitamente e não gerado despesas para os cofres do município.
Devolvam ao povo o que é do povo. Seja qual prefeito for!
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