DO QUE RECLAMA FLÁVIO DINO? - Randyson Laercio

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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

DO QUE RECLAMA FLÁVIO DINO?

Parece que a ficha ainda não caiu…
Será se Flávio Dino (PCdoB) não percebe que quando resolveu pendurar a toga de magistrado e cair na política significou uma opção de alto risco, ainda mais em um estado como o Maranhão onde a política é radicalizada? Será se o comunista imaginou que poderia usar toda a sua máquina de propaganda contra adversários e ficar impune como se nada tivesse a ver com  isso?

Negativo! Eleição é uma guerra, sobretudo uma guerra de comunicação, cujas regras são dadas no curso da disputa. Em eleição, adversários não convidam uns aos outros para dançar um Bolero de Ravel, convidam é para a briga, para a esgrima.
Não é possível que o candidato oposicionista pudesse imaginar que disputaria uma eleição de governador sem ter a sua vida política exposta, inclusive quanto a sua experiência como gestor da Embratur. Ou será se a arrogância é tamanha que pensou que só a ele seria o dado o direito de dizer o que bem entender dos adversários?
Flávio Dino se queixa do “império de comunicação” que todo santo dia o “agride”. Tudo bem, mas o que dizer do “império” que possui entre blogs, rádios AM e perfis nas redes sociais que vivem a agredir e vilipendiar a honra e a reputação daqueles que não comungam com o projeto de poder do PCdoB?
Dino também vive a sugerir que é o senador Sarney quem ordena os “empregados dos sistema Mirante” a agredi-lo. Sendo assim, cabe uma perguntinha básica: todas as vezes que blogs, rádios e mesmo o Jornal Pequeno atacam os adversários governistas a ordem vem do comunista? É uma questão importante a ser respondida.
Em verdade, não há santos quando o assunto é eleição. Pode haver sonsos, mas santos não. Político quando entra numa disputa de governador está em busca do poder e usa as armas que tem a sua disposição para conquistá-lo e mantê-lo, assim como está sujeito a toda sorte e azar.
Nesse sentido, os queixumes de Flávio Dino parece mais coisa de “menino do buchão” do que um pretende a chefe do Poder Executivo maranhense. “Quem tem honra, tem não só o direito, tem o dever de zelar por ela. Não serão supostos interesses eleitorais que me afastarão de princípios”, tuitou o pré-candidato.
Ótimo, linda frase, excelente pressuposto, mas essas belas palavras não servem apenas para Flávio Dino.
Se deseja uma eleição limpa e sustentada em bases éticos, que segure os seus na blogosfera, rádios, jornais impressos e dê demonstrações claras que faz diferente daqueles os quais combate.
O que não pode é Dino tentar passar a ideia de que só o Sarney é que tem “empregados” prontos para agredi-lo.
Aí é tomar gosto com a inteligência alheia.
PS: A tendência é de uma campanha encarniçada no Maranhão. Se as coordenações das candidaturas não pactuarem um “código” mínimo de ética eleitoral será um Deus nos acuda. E ninguém poderá reclamar das consequências. Ninguém!
Blog do Robert Lobato

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