Se o vereador Fábio Câmara é hoje presidente do diretório do PMDB em São Luís, isso se deve, muito, ao senador João Alberto.
Mesmo contrariando aliados de primeira hora como o deputado Roberto Costa e o superintendente da Funasa, André Campos, o senador impôs o nome de Câmara para presidir o partido em São Luís, em consonância com a ex-governadora Roseana.
A dupla João Alberto e Roberto Costa têm a maioria no partido e permitiram a ascendência de Fábio.
Só que Fábio Câmara tem dificuldade de ser liderado. Assim foi com o ex-secretário Ricardo Murad. Câmara foi aliado de Ricardo até quando a parceria lhe oportunizou dividendos.
Quando Ricardo, que elegeu Fábio vereador, avisou-lhe que era para apoiar sua filha, Andreia, a deputada, Cãmara não pensou duas vezes e em um ato de ingratidão rompeu com seu padrinho político porque, simplesmente, queria ser deputado. No final das contas, ele acabou derrotado e Andrea eleita.
Sem grupo político, depois que foi defenestrado por Ricardo por ser um aliado rebelde, Fábio Câmara passou a se agarrar em João Alberto. E, com seu jeito prestativo e dissimulado, acabou conquistando a confiança do senador, o que lhe garantiu chegar à presidência do PMDB na capital.
Demonstrado, porém, que não aprendeu a lição, o insubordinado Fábio Câmara já ameaça bater de frente com Alberto. Afirmou nesta terça-feira, em discurso durante a abertura dos trabalhos no Legislativo Municipal, que não acatará as ordens do seu novo tutor.
Fábio estribuchou que sairá do PMDB caso não seja ele o candidato a prefeito. Tivesse sabedoria política e controlasse seu ímpeto, o inexperiente vereador teria declarado apenas, à provocação feita de que poderia ser o vice do prefeito Edivaldo, que este seria um assunto ainda a ser tratada no partido, mas que não era esta a sua vontade. Faltou prudência da parte do edil pra discenir que sem a anuência de João Alberto, que é senador de mandato, ele não será candidato a nada na sigla.
É por falta de habilidade política e o roupante de menino mimado, indisciplinado e desobidiente que Fábio Câmara mais uma vez pode ficar isolado, inclusive com o risco de não renovar o mandato de vereador. Nesse momento decisivo para seu futuro político, Fábio deveria pensar mais antes de agir e ter, sobretudo, humildade.
Jhon Cutrim
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