Deve gerar intensa polêmica entre deputados a proposta de ampliar em dois anos o mandato dos atuais prefeitos e vereadores em todo o país.
A ideia, que deve ser um dos temas da reforma política em discussão no Congresso Nacional, é implantar as eleições gerais no país – de vereador a presidente, só em 2018, o que forçaria uma prorrogação dos mandatos dos atuais prefeitos e vereadores.
Atualmente, há no Brasil eleições de dois em dois anos.
Em um deles se elege presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. No outro são escolhidos os prefeitos e os vereadores.
O projeto em discussão na Câmara Federal, os atuais prefeitos e vereadores teriam mandato de seis anos, para que coincidissem com os mandatos de presidente, governador, senador e deputados, em um pleito no ano de 2018.
Entre os deputados maranhenses, Hildo Rocha (PMDB) já manifestou que apoia a ideia. Ele entende que é menos custo para o Brasil ter eleições de quatro em quatro anos, sem reeleição e com campanha reduzida.
Não é a primeira vez que os mandatos de prefeitos e vereadores são ampliados. Nos anos 1980, exatamente para que fosse garantido o fatiamento das eleições de dois em dois anos, o mandato de prefeitos e vereadores eleitos em 1982 – que terminariam no fim de 1986, foram prorrogados até 1988, para coincidir com o mandato dos prefeitos de capitais, que haviam sido eleitos de forma direta, pela primeira vez, em 1985.
Desta vez, há outros interesses em jogo. Na atual Câmara há di versos deputados interessados nas eleições de 2016 – para si ou para aliados – o que dificultará a aprovação desta proposta de unificação das eleições.
Mas, de uma forma ou de outra, será um tema de debate político para o ano inteiro.
Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão
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