Com muita alegria, os participantes da parada desfilaram em defesa do amor e capricharam nas fantasias, com perucas, maquiagem e muito brilho. Animado por trios elétricos, o evento contou com a apresentação de DJs, shows de drag queens e artistas locais.
Durante o percurso, foram realizadas homenagens a figuras importantes na luta pela igualdade de direitos, entre elas o índio Timbira, primeira vítima de homofobia registrada no Brasil.
Para Kevin Silva, 26 anos, a Parada LGBT é um momento para extravasar e também lutar por direitos. “Hoje é dia de colocar a cara no sol, de brilhar, de mostrar para as pessoas que não temos porque nos esconder”, diz o militante. “Ser gay não é uma doença, não é ofensa para ninguém. Só queremos respeito e merecemos isso como qualquer outro cidadão de bem”, afirma.
Para o secretário de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedhipop), Francisco Gonçalves, “a parada da diversidade LGBT é uma parada de defesa da diversidade humana, do direito de amar e do direito de respeitar. Precisamos criarmos um estado, um país, que tenha lugar para todo mundo”.
Segundo Francisco Gonçalves, “do mesmo modo que cada um pode professar a sua fé, também tem de haver espaço para todos os gêneros. Enquanto não tivermos lugar para todo mundo, não poderemos dizer que vivemos em uma democracia”.
Para o superintendente de Promoção e Educação em Direitos Humanos da Sedihpop, Airton Ferreira, a homenagem é também um apelo à memória e ao respeito de todos aqueles que são perseguidos pela intolerância de gênero.
“Não podemos nos calar, tão pouco esquecer o que acontece todos os dias com milhares de LGBTs no Brasil, que assim como o índio Timbira são perseguidos e executados pelo preconceito e homofobia”, ressalta.
Orgulho e resistência
A Parada LGBT de São Luís é realizada em alusão ao dia 28 de junho, celebrado mundialmente como Dia do Orgulho LGBT, em memória ao levante ocorrido contra a violência de policiais em um bar em Nova Iorque, em 1969.
Naquele dia, as pessoas que frequentavam o bar Stonewall Inn reagiram às batidas policiais que eram realizadas ali com frequência. O episódio resultou na organização na 1° Parada do Orgulho LGBT, realizada no dia 1° de julho de 1970, para lembrar o ocorrido.
Hoje, as Paradas do Orgulho LGBT acontecem em quase todos os países do mundo e em muitas cidades do Brasil ao longo do ano.
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