PAULO RAMOS - A Prefeitura de Paulo Ramos, no interior do Maranhão, é comandada atualmente por pelo menos três acusados de desviar recursos público federais que deveriam ser aplicado em obras e serviços no município.
O prefeito, Deusimar da Silva (PCdoB) e duas das suas principais auxiliares, Delidiane de Moura Ferro e Vera Lúcia Silva, chegaram a ser presos pela Polícia Federal no ano de 2007 após a deflagração de uma das fases da Operação Rapina.
Na ocasião, Deusimar era secretário municipal de Administração – o prefeito era João Noronha, que também foi preso.
Delidiane Moura Ferro era tesoureira e presidente da Comissão Permanente de Licitação (CPL), e Vera Lúcia Silva era membro da CPL. Na atual gestão, elas foram nomeadas para chefiar, respectivamente, a Secretaria Municipal de Finanças e a Secretaria Municipal de Administração.
Além da prisão, Delidiane Ferro e Vera Lúcia ainda respondem a processos na Justiça Federal por improbidade administrativa.
Segundo dados do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, a secretária de Finanças aparece como parte em dois processos; já a secretária de Administração figura em 19 ações.
Investigações – Todas as fases da Operação Rapina, desencadeadas na década passada pela PF – sob o comando do ex-delegado federal Pedro Meireles, já expulso da corporação por corrupção – foram iniciadas a partir de investigações do Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA).
Em janeiro de 2006, segundo o órgão, os procuradores da República do Maranhão identificaram, a partir da análise de diversos relatórios de auditorias do TCU, o uso de notas fiscais de empresas comprovadamente inexistentes por vários gestores municipais, objetivando o desvio de recursos federais.
Em fevereiro do mesmo ano, o MPF/MA instaurou procedimento investigatório para colheita de provas e posteriormente requisitou a abertura de inquérito policial.
No curso das investigações, descobriu-se a participação direta de vários prefeitos municipais, o que levou a Procuradoria da República no Maranhão a pedir o deslocamento das investigações para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em razão da prerrogativa do foro desses agentes públicos.
No total, 119 agentes públicos chegaram a ter prisões decretadas pela Justiça Federal.
O Estado do Maranhão
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