COM CANDIDATURA DE FÁBIO CÂMARA FRÁGIL, PMDB REABRE DEBATE SOBRE O RUMO QUE SEGUIRÁ NA DISPUTA EM SÃO LUÍS - Randyson Laercio

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quarta-feira, 29 de junho de 2016

COM CANDIDATURA DE FÁBIO CÂMARA FRÁGIL, PMDB REABRE DEBATE SOBRE O RUMO QUE SEGUIRÁ NA DISPUTA EM SÃO LUÍS

Roberto Costa dá prazo para Fábio Câmara se viabilizar: Andrea Murad, Hildo Rocha e Lobão Filho querem candidato próprio
O PMDB entrou numa linha de contagem regressiva para definir o caminho que seguirá de fato nas eleições para a Prefeitura de São Luís. E o faz travando um intenso debate interno sobre candidatura própria e a a possibilidade de alianças. No epicentro do debate intenso está a pré-candidatura do vereador Fábio Câmara, que de acordo com as pesquisas mais recentes, patina nas últimas colocações e não emite nenhum sinal de que tem fôlego político e eleitoral para reagir. O deputado estadual Roberto Costa, hoje uma das mais importantes vozes do PMDB, sugere a data de 10 de Julho como limite para Fábio Câmara mostrar que tem poder se fogo para se manter como pré-candidato do partido; caso contrário, o partido poderá rever o projeto de lançar candidato próprio, podendo optar por entrar numa aliança com um candidato mais viável. Na contramão da proposta de Roberto Costa, várias vozes com peso no partido, como o deputado federal Hildo Rocha, a deputada estadual Andrea Murad e o suplente de senador Lobão Filho, defendem que o partido deve ir para as urnas com candidato próprio.
Essa iminência de impasse gera duas alternativas que só um grande acordo interno pode resultar numa escolha de consenso. Se Fábio  Câmara não conseguir convencer o partido de que ele tem alguma viabilidade, ele fatalmente perderá a vaga de candidato. Se a tese da candidatura própria se mantiver, o nome poderá ser o de Andrea Murad, que já desistiu do projeto, mas sempre deixou a porta entreaberta. Mas o caminho poderá ser também o da participação do PMDB numa aliança em torno de outra candidatura, que pode ser a do prefeito Edivaldo Jr. (PDT).
Se vier mesmo a optar pela participação em uma aliança viável, o comando pemedebista não deve descartar também as alternativas Eliziane Gama (PPS), que está no grupo de frente da corrida às urnas, Wellington do Curso (PP), outro do pelotão da frente, podendo também fechar em torno da candidatura do deputado Eduardo Braide (PMN), se ele pelo menos dobrar os atuais quatro pontos percentuais na preferência do eleitorado.
Essa possibilidade iminente de mexida de pedra pelo PMDB no tabuleiro sucessório foi desenhada pelo deputado Roberto Costa, que conhece bem o cenário da disputa eleitoral e as filigranas do seu partido, numa entrevista esclarecedora publicada na edição de fim de semana de O Estado do Maranhão. Costa, que presidia o PMDB de São Luís e abriu mão de liderar as forças pemedebistas e o grupo sarneysista na Capital para disputar a Prefeitura de Bacabal, tem autoridade para rascunhar esse panorama na agremiação, e suas afirmações funcionaram como recado claro e direto ao vereador Fábio Câmara e às demais lideranças pemedebistas.
A situação de Fábio Câmara é, portanto, dramática, pois sua pré-candidatura está por um fio. Para começar, ao contrário do que se previa, ele não tem o cacife eleitoral necessário para justificar sua candidatura a prefeito por um partido como o PMDB numa cidade com 1,1 milhão de habitantes. Todas as pesquisas feitas recentemente o apontaram como um aspirante sem gás para seguir em frente e ameaçar os primeiros. Na semana passada, o presidente regional do PMDB, senador João Alberto, que abraçou deu projeto de candidatura contrariando quase todas as correntes do partido, levou Fábio Câmara aos bairros para testar a sua empatia com o eleitorado. Retornou preocupado.
A julgar pelos seus movimentos, Fábio Câmara dedicou muito tempo engalfinhado em pequenas e não foi às ruas, aos bairros, às comunidades, para medir seu cacife eleitoral e fazer a leitura necessária para tomar decisões que pudessem melhorar sua posição na preferência do eleitorado. Agora, trava uma luta perigosa contra o tempo, provavelmente consciente de que suas chances de continuar como pré-candidato são mínimas. Câmara sabe também que a essas alturas ele corre o risco de, além de perder a vaga de candidato a prefeito, enfrentar dificuldades na sua reeleição de vereador, já que sua corrida pela Prefeitura abriu frestas perigosas nas suas bases de vereador.
O fato é que o debate voltou ao PMDB, que tem pouco tempo para decidir seu rumo na corrida de São Luís.
Ribamar Correia

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