HOSPITAL DE BACABAL |
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, o mapeamento prévio de todas as regiões que não tinham intervenção do Estado na área da saúde definiu os aparelhos públicos a serem instalados pelo Governo. “Colocamos estas unidades para funcionar, passando a entregar serviços que efetivamente mudam a vida das pessoas. Os hospitais de pequeno porte são um modelo que não deu certo. Nos regionais e macro existem os especialistas, UTI e centro cirúrgico, que de fato resolvem. A regionalização é um caminho sem volta”, afirma.
O Hospital Regional de Balsas é a unidade mais recente entregue pelo Governo do Maranhão. Referência no atendimento de média e alta complexidade, incluindo partos de alto risco, pediatria e cirurgia geral, o hospital beneficia uma população de 246 mil pessoas em 14 municípios atendidos. São 50 leitos disponíveis, com 10 leitos de UTI Adulto, seis de Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional e quatro de Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru.
Com pouco mais de um mês de inaugurada, o Hospital de Balsas contabilizou 12.967 procedimentos entre partos, consultas, atendimentos de enfermagem, cirurgias (curetagem, laparotomia, histerectomia e oftalmológicas), internações, exames (mamografia, tomografia, ultrassonografia, eletrocardiograma, endoscopia e análise laboratorial) e consultas com a equipe multiprofissional da unidade, que inclui fisioterapia, nutrição, psicologia, assistência social e terapia ocupacional.
Os números de atendimento das unidades da rede estadual recém-inauguradas no interior do estado corroboram com a ação do Governo de expandir o acesso ao atendimento especializado. “A rede está sendo formada a partir de um posicionamento claro de que a saúde tem que ser regionalizada. Hoje, o mundo todo pensa saúde de forma regional e através de redes compartilhadas. Por conta do alto custo e da falta de profissionais, é impossível ter uma rede estruturada em cada município”, explica o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.
Atendimento de Alta complexidade
Os hospitais inaugurados pelo Governo do Maranhão ampliam o atendimento de média e alta complexidade no interior do estado e evitam o êxodo de pacientes para São Luís. Antes, os casos mais complexos eram transferidos para capital ou para estados vizinhos.
Em Santa Inês, o jovem Halison Nascimento, de 19 anos, foi o primeiro paciente a passar por cirurgia de coluna no Hospital Macrorregional Tomás Martins. Entre a vida e a morte, ele estava com vários fragmentos de bala alojados e, em estado gravíssimo, passou pelo centro cirúrgico na última terça-feira (14). O procedimento durou cerca de duas horas.
O médico responsável pelo procedimento, Ulysses de Oliveira, relata que o atendimento contou com o auxílio de equipamentos modernos, como o tomógrafo e o arco cirúrgico - aparelho de raios-x que produz imagens digitais em tempo real. “O hospital está totalmente adequado para realizar esse tipo de intervenção. Temos material de descompressão modular de urgência, equipe capacitada e infraestrutura”, destaca. A pequena Mayla Cristine, de três meses, do município de Pindaré-Mirim, também conheceu a excelência do atendimento na unidade. Ela foi a primeira paciente a passar por procedimento para tratamento de meningocele occipital. A doença do tubo neural é caracterizada pelo surgimento de uma bolsa com parte do tecido cerebral na região posterior da cabeça.
Ambos os procedimentos são um marco tanto para equipe médica quanto para os pacientes de Santa Inês e região. O Hospital Macrorregional Tomás Martins, inaugurado em agosto de 2016, oferece serviços de cirurgia geral, ortopedia, cirurgia pediátrica, clínica médica, gastroenterologia, urologia, nefrologia, radiologia (ultrassom, tomografia e radiografia), endoscopia diagnóstica e terapêutica, otorrinolaringologia, cardiologia, neurocirurgia, entre outros.
Demanda
Os novos hospitais passam por adequações segundo as necessidades urgentes de cada região. Este é o caso do Hospital Macrorregional Drª Ruth Noleto, em Imperatriz, que em agosto, ao completar um ano de funcionamento, anunciou seu novo perfil assistencial para quem vive na Região Tocantina. Novas especialidades foram incorporadas aos serviços disponíveis na unidade, com destaque para neurologia, ortopedia e cirurgia cardíaca de alta complexidade.
Com 116 leitos de internação, 10 deles de UTI, o Hospital Macrorregional de Imperatriz atende às regiões de saúde de Imperatriz, Balsas, Barra do Corda e Açailândia, totalizando 43 municípios. O Hospital Regional da Baixada Maranhense Dr. Jackson Lago, em Pinheiro, também passou a oferecer um novo serviço. Desde o dia 1º de novembro, a unidade realiza procedimentos neurocirúrgicos em pacientes referenciados pela Central de Regulação da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
O hospital atende casos de média e alta complexidade de uma população com cerca de 600 mil pessoas de 41 municípios. Na unidade são ofertados atendimentos nas especialidades: cardiologia, cirurgia geral, clínica médica, gastroenterologia, mastologia, nefrologia, ortopedia e traumatologia, otorrinolaringologia, pediatria, pneumologia e urologia. O hospital dispõe de 116 leitos.
Outras unidades
A cidade de Bacabal também recebeu o Hospital Macrorregional, que democratizou o acesso à saúde para mais de 260 mil habitantes de 11 municípios, como Conceição do Lago Açu, Brejo de Areia e Lago Verde. O Hospital Regional Drª Laura Vasconcelos é um importante passo para a reestruturação dos serviços da rede de saúde estadual.
O aparelho tornou-se referência no atendimento especializado e de urgência e emergência. O hospital tem 46 leitos de internação em clínica médica, cirúrgica e ortopédica, 10 leitos de UTI adulto, seis leitos de observação e três para a estabilização de pacientes.
Há mais de 200 km de distância, o Hospital Regional Dr. Everaldo Aragão, em Caxias, disponibiliza 116 leitos de internação na Região dos Cocais. A unidade alcança mais de 783 mil maranhenses de 26 cidades. Lá é possível acessar atendimento médico-hospitalar em cirurgia geral, clínica médica, neurologia, ortopedia, oftalmologia, cardiologia, pediatria e gastroenterologia.
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