O presidente da câmara dos deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ, acertou com líderes dos partidos políticos que a votação do impeachment de Dilma Rousseff começará as 14h desde domingo (17).
A expectativa é a de que o resultado seja conhecido entre 21h e 22h
Além disso, Cunha manifestou a aliados que irá começar a chamada nominal dos votantes pela região sul, deixando os deputados do Nordeste e do norte, teoricamente mais simpáticos a Dilma, para o final. O objetivo manifestado por ele e interlocutores é criar uma onda pro-impeachment durante a votação.
Nesta segunda-feira (11) o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Edson Fachin negou o pedido do deputado Weverton Rocha (PDT-MA) para impedir a realização da votação no domingo.
A chamada dos deputados não foi discutida na reunião que Cunha teve com os líderes partidários, na câmara. Ela foi definida em almoço que ele fez com aliados em sua residência oficial. Adversário do Planalto, o peemedebista é um dos principais articuladores da destituição da petista.
Na reunião oficial os lideres ficou definido o seguinte: a sessão de votação do parecer favorável ao impeachment começará às 8h55 desta sexta-feira (15). Neste dia, falarão representantes dos 25 partidos políticos com representação na casa.
Casa partido terá o tempo de 1 hora para dividir para deputados da legenda. Não há hora o termino desses discursos, que podem invadir a madrugada.
No sábado (17) a sessão será retornada às 14h. Haverá tempo para os líderes partidários orientarem suas bancadas, em período proporcional ao tamanho de suas bancadas.
Cunha diz publicamente que só na hora da votação anunciará o critério de chamada para que os deputados declarem o povo no microfone do plenário. Será reservado um tempo de 10 segundos para cada um declarar o voto (sim ao impeachment, não ou abstenção), o que dará margem para manifestações políticas.
Cunha quer colocar também telões em frente ao Congresso, que abrigará protestos conta e a favor do impeachment.
Para que o Senado seja autorizado a abrir o processo de impeachment são necessários pelo menos 342 votos dos 513 deputados.
Em 1992, durante o impeachment de Collor, a chamada dos deputados foi feita por ordem alfabética. O argumento à época era o de que se pretendia evitar direcionamento do resultado.
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