SENARC FECHA O CERCO CONTRA TRAFICANTES DE DROGAS NA ILHA - Randyson Laercio

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sábado, 11 de fevereiro de 2017

SENARC FECHA O CERCO CONTRA TRAFICANTES DE DROGAS NA ILHA


A Superintendência Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Senarc) fechou o cerco contra as ações cometidas por traficantes de entorpecentes, principalmente durante o período de prévia carnavalesca no estado. A partir deste ano, a polícia passou a utilizar durante as operações cães farejadores com o objetivo de encontrar drogas com mais facilidade. Os bairros como Cidade Olímpica, Vila Itamar, área do São Francisco, Liberdade, Bairro de Fátima, Turu, Araçagi e Parque Vitória estão entre as áreas na Ilha onde há maior concentração de bocas de fumo. A maior parte da droga em circulação chega ao estado procedente do Paraguai, Bolívia, Colômbia e Peru e também dos estados do Goiás, Mato Grosso e Tocantins.
“A polícia deve ter uma atenção especial durante as datas festivas, pois nesses períodos há a possibilidade de aumentar a venda de entorpecentes”, disse o superintendente da Senarc, delegado Carlos Alessandro de Assis. Segundo ele, somente as equipes da Senarc apreenderam este ano na Região Metropolitana de São Luís cerca de meia tonelada de entorpecente entre maconha, crack e cocaína que seria comercializada mo período que antecede o Carnaval. A polícia retirou ainda mais de 40 traficantes de circulação. Entre os detidos encontram-se integrantes de facções criminosas.

Carlos Alessandro informou que no último dia 2 os policiais realizaram uma revista em uma oficina mecânica, no São Cristóvão, utilizando cão farejador, e encontraram 300 kg de maconha dentro de tonéis enterrados em uma grande profundidade. Foi necessário o trabalho de uma máquina escavadora para retirar a droga que foi levada para a sede da Senarc, no Bairro de Fátima.
Esse entorpecente seria distribuído na Ilha. Segundo o delegado, essa droga pertencia aos apenados do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, identificados como Renato Pestana Almeida, de 28 anos, Francisco de Tales Feitosa Júnior, de 38 anos, e Paulo Henrique Almeida de Azevedo, de 28 anos. O trio foi preso no dia 13 de dezembro do ano passado com 80 kg de maconha, mas de dentro do presídio continuavam comandando as ações criminosas.
O delegado disse que o cão farejado também foi usado em outro cerco policial, na capital, na última quarta-feira, quando foram apreendidos 7 kg de cocaína e 5 kg de maconha avaliados em torno de R$ 190 mil. Nessa ação foram presos João Sousa Bezerra Júnior, de 40 anos, e Rodrigo da Silva Bezerra, de 32 anos.
Cão em ação
Carlos Alessandro de Assis explicou que no momento a superintendência está operando com apenas um cão da raça pastor, denominado de Vinny, mas a partir de março novos cães treinados estarão sendo utilizados, visando encontrar entorpecente, armas e material explosivo.
Um Termo de Cooperação Técnica já foi assinado entre a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e a Delegacia Geral da Polícia Civil para a criação do canil integrado de segurança pública. O delegado informou ainda que esses cães vão participar também no tratamento a crianças, portadoras de necessidades especiais, a cinoterapia.
Para o delegado, esse serviço vai servir de elo entre a comunidade e a polícia. Além disso, a Senarc também vem desenvolvendo palestras nas escolas da rede pública sobre a violência da Região Metropolitana, orientando as crianças contra o uso e a venda de droga.
Mapeamento
De acordo com as informações do chefe do Departamento da Capital da Senarc, delegado Valdenor Viegas, a polícia até o momento não conseguiu listar a quantidade de bocas de fumo que existem em cada bairro da Região Metropolitana pelo fato de ocorrer, de forma freqüente, a migração dos criminosos de um local para o outro. Os bairros onde há predominância de pontos de venda continuam sendo a Cidade Olímpica, Vila Itamar, Ilhinha, São Francisco, Liberdade e Bairro de Fátima. Nos últimos dois anos já é possível encontrar pontos de vendas de drogas no Turu, Araçagi e Parque Vitória, assim como em Raposa e São José de Ribamar.
O delegado explicou que para essas localidades existe uma atenção especial por parte da Senarc. Durante as operações nessas localidades quase sempre resulta em prisões de traficantes e apreensões de grande quantidade de droga, principalmente maconha. “As drogas como maconha, cocaína e crack são as mais apreendidas pelo Senarc no Maranhão”, frisou Valdenor Viegas.
Ele informou ainda que a maior parte do entorpecente que chega ao estado é via terrestre por duas rotas. Uma delas é a internacional, vinda do Paraguai, Bolívia, Peru e Colômbia, passando pelo estado do Mato Grosso e na maioria das vezes entra no Maranhão pela cidade de Imperatriz.
A droga também vem dos estados de Goiás e Tocantins e ainda de cidades maranhenses, principalmente da Região do Gurupi. Na última quarta-feira, por exemplo, durante a operação Centro da Maconha realizada pela Polícia Militar foram destruídos mais de 30 mil pés de maconha, na zona rural de Centro do Guilherme.
Segundo o delegado, a Ilha de São Luís serve como ponto de distribuição de entorpecentes para outros países. A Senarc, nos últimos dois anos, não prendeu traficantes que utilizam esse tipo de rota, levando drogas para o exterior.
Número
500 kg
É a quantidade de drogas já apreendidas este ano pelos policiais da Senarc, que resultou na prisão de cerca de 40 traficantes
Frase
“A polícia deve ter uma atenção especial durante as datas festivas, pois nesses períodos há possibilidade de aumentar a venda de entorpecentes”.
Delegado Carlos Alessandro de Assis, superintendente do Senarc
Saiba Mais
Operação da Senarc
Ações: combater o tráfico de droga no período do Carnaval utilizado cão farejador
Resultados: mais de 500 kg de drogas já foram apreendidos e 40 criminosos presos
Projetos: Cinofilia (cão nas operações), Cinoterapia (uso do cão para tratamento de crianças portadoras de necessidades especiais) e palestras nas escolas da rede pública
Mapeamento: Cidade Olímpica, Vila Itamar, área do São Francisco, Liberdade, Bairro de Fátima, Turu, Araçagi e Parque Vitória continuam sendo os locais da Ilha onde há maior concentração de bocas de fumo. A droga vendida nesses pontos chega ao estado procedente do Paraguai, Bolívia, Colômbia e Peru, e também dos estados do Goiás, Mato Grosso, Tocantins e de cidades maranhenses da Região do Gurupi.
O Estado do Maranhão

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